sexta-feira, 23 de março de 2018

PERDAS SUPORTADAS, NUNCA REPARADAS.

Em nossa JORNADA terrena, tentamos a cada dia nos acostumar com as perdas. Um PATRMÔNIO desfeito pela crise. Um AMIGO que se foi para longe. Um ente QUERIDO que partiu para o além. A saúde que vai se esvaindo e os SONHOS que não se concretizaram, fazem seqüelas na alma. Logo ficamos sem a casa dos pais para ir, pois eles já não existem. Logo, os muitos amigos vão se resumindo a filhos, genros, noras e netos. Perdemos um pouco hoje aqui, perdemos um pouco amanhã ali, até que o nosso MUNDO aos poucos vai se resumindo. Depois de cada perda, tentamos impor em nós mesmos o acostumar para ALIVIAR a dor ou diminuir o sofrimento. Tentamos ACOSTUMAR com a ausência dos que se foram. Tentamos ACOSTUMAR a não achar graça com anedotas. Tentamos ACOSTUMAR a ficar reclusos na frente de um computador. Tentamos ACOSTUMAR a chegar à igreja sem cumprimentar ou ser cumprimentados. Tentamos ACOSTUMAR a reprimir a lágrima sem ninguém notar e a engolir o choro que quer sair. Sim, tentamos nos ACOSTUMAR com as perdas para diminuir o sofrer. Todavia, aprendemos que existem perdas que nunca são REPARADAS, apenas, SUPORTADAS. Daniel Vieira