terça-feira, 1 de dezembro de 2015

VIVENDO O NOVO DE DEUS

ANTES DO PALÁCIO, A PRISÃO

ANTES DO PALÁCIO, A PRISÃO Para que surja uma árvore ou qualquer planta cresça e dê fruto, uma semente precisa ser plantada na terra e morrer. É uma vida que morre, para que outra renasça. Muitas vezes, o fruto só aparece em nossa vida, quando experimentamos ser plantados na palavra de Deus e, então, morremos para nós mesmos. Diante da prova. Do castigo. Da adversidade. Da disciplina e aflição, os frutos começam a aparecer. O ferro se torna mais forte, quando passa pelo processo de temperamento no calor da fornalha. As nossas provas apenas tornam-nos mais úteis para Deus, pois um bebê não pode ser mandado para um campo de batalha. O bebê precisa crescer em força, e tornar-se homem em tamanho e em sabedoria antes de poder pegar uma arma e lutar numa guerra. É a mesma coisa com aqueles que Deus deseja usar. Achamos que os irmãos de José foram os bandidos da história por tê-lo vendido aos ismaelitas, que o venderam no mercado de escravos do Egito. Achamos que a ideia de vendê-lo, através daquela trama sórdida, foi somente coisa deles. Sim, esta é a história, pela lógica e evidência humana. Porém, por trás da atitude dos irmãos de José, estava Deus com um propósito. Deus preparou tudo para engrandecer José. Mandou adiante deles um homem, que foi vendido como escravo: José. (Sl 105:17) José jamais teria chegado à posição de governador do Egito e provedor de seu povo se não tivesse sido vendido como escravo pelos seus irmãos que o odiavam, e depois acusado pela mulher de Potifar que o colocou na prisão. Porém, Deus estava presente o tempo todo, fazendo com que todas as coisas contribuíssem justamente para o bem dele mesmo e de toda a sua família. Deus nunca perde o controle dos projetos que Ele mesmo criou para nós. Certa vez, fui enviado para dirigir uma pequena igreja, numa cidade pequena e, do ponto de vista financeiro, inviável para um pastor como eu que estava saindo de uma igreja considerada rica financeiramente. Lembro-me de um pastor, amigo meu, que disse: “Não aceite ir para um lugar daqueles!” Com um sorriso no rosto, disse-lhe: “Aquele lugar só será ruim até o dia em que eu chegar lá!” Não falei isso por arrogância, mas por confiança no meu Deus. Em outras palavras, não se preocupe em ir a um lugar fraco. No nome de Jesus, Deus o tornará grande e forte. E foi exatamente o que aconteceu. Nunca vi Deus realizar tantos milagres em tão pouco tempo como ali. Glória Deus! Eu já havia escrito o meu primeiro livro, “Vendo a Chuva Antes das Nuvens”, e nele coloquei que Deus não é limitado por circunstâncias e limites geográficos. Quem tem promessa de Deus transforma deserto em manancial. Existem momentos que parece que estamos em uma prisão. Sem amigos. Sem liberdade de escolha e sem esperança num futuro próximo. Sentimo-nos como se uma grade de ferro nos impedisse de sairmos da inércia para conquistarmos algo. Prisão é tudo o que nos impede de conquistar algo. Prisão é tudo o que nos isola. Prisão é tudo que nos impede de executar nossos projetos. Mas, às vezes, a prisão é o seminário de Deus para nossa vida, para futuros projetos divinos. Ali se pode permanecer encarcerado a vida toda ou sair para ser governador. Você compreende o que quero dizer? Não podemos perder a fé no nosso Deus, por causa de uma situação. Situações mudam, Deus jamais! Situações passam, Deus permanece conosco. Só precisamos esperar o tempo de Deus para cumprir o que nos tem prometido. A espera também é uma virtude dos que desejam ser usados por Deus. Olha só! Mesmo depois de falar com o copeiro de Faraó que ele seria restaurado na corte do rei e de pedir-lhe que contasse a Faraó sobre sua prisão injusta, José ainda teve de esperar dois anos para ser liberto da prisão. Infelizmente, não posso enganá-lo, existe um fator chamado tempo que pode ser progressivo ou regressivo para a nossa prova. Esses dois anos foram o tempo do preparo de Deus para que José finalmente ficasse pronto para ser levado a uma posição de poder e autoridade, o segundo no Egito, depois de Faraó, uma posição que usou para alimentar todo Israel durante a fome. (Sl 105:17) Ah! Se pudéssemos compreender isso. A nossa dor da prova aliviaria. As nossas lágrimas diminuiriam e a nossa fé não vacilaria. Quando as injustiças, tribulações, rejeições e mal-entendidos surgem em nossa vida, Deus os usa para um propósito. Se não formos culpados por transgressões e não tivermos sofrendo por uma desobediência voluntária, então creiamos que Ele fará com que todas as coisas que parecem estar contra nós, contribuam simplesmente para o nosso bem. (Rm 8:28) Enquanto passamos pela prova, esperando por uma resposta de Deus, algumas vezes, Ele parece lento em vir em nosso socorro, mas Ele nunca chega tarde demais. Seu tempo é sempre perfeito. Aleluia!

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO Todos que conhecem o meu ministério de ministrar provisão financeira sabem que eu sempre ministro que não há mágica para a aquisição de prosperidade. Não é com misticismo religioso que atraímos bens e riquezas. Sal grosso jogado nos cantos da empresa, rosas ungidas, fogueiras, pedras e coisas do tipo, não podem atrair prosperidade financeira. Você pode vir na igreja e fazer campanhas e até jejuar, porém se não houver de sua parte decisões de trabalhar, de suar a camisa, de correr atrás e lutar por seus ideais, dificilmente conseguirá alguma coisa. Se a sua pretensão é ganhar dinheiro através de um boleto de loteria, de coisas ilícitas ou de mão-beijada, sem o esforça do trabalho, nem precisa continuar lendo esse texto. Não sou entusiasta da idéia de riqueza adquirida sem esforço, sem trabalho. É o nosso trabalho que nos faz valorizar o que ganhamos.Geralmente, aquilo que o homem ganha sem esforço, pede rápido, pois não sabe o real valor. O que vou dizer agora é um pouco pesado, eu sei, mas é uma realidade. Deus não gosta de abençoar vagabundos, dorminhocos e bacanas. Quando Adão pecou, Deus emitiu uma sentença que vale para todos. “Do suor do teu rosto, comerás o teu pão “(Gn 3.19) Deus criou o homem para ser desbravador, lutador e conquistador com esforço e perseverança. O homem foi feito para se movimentar. Corpo que não se movimenta, atrofia e adquire inúmeras doenças. Por esta razão é que encontramos hoje um vai e vem de pessoas fazendo caminhadas e academias lotadas. O homem foi feito para trabalhar. Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar (Jó 5.7) Há um adágio popular que é uma dura verdade: “Deus ajuda, quem cedo madruga”. Deus gosta de abençoar pessoas que lutam pela vida, porque Ele mesmo apesar de Deus e Senhor de todas as coisas, continua a trabalhar. 1 –Deus trabalha em prol de seu povo:“ Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera”. (Is 64.4) 2 – Deus trabalha em conjunto com Jesus:“E Jesus lhes respondeu: Meu pai trabalha até hoje, e eu trabalho também”(João 5.17) 3 – O ministério de Jesus foi um trabalho da sua alma.“ O trabalho da sua alma, ele verá e ficará satisfeito” (Is 53.11) Deus não é um, boa vida, assentado no seu trono só para ser adorado. Ele não deixa o universo à mercê e nem os seres humanos como num barco a deriva. Mesmo sendo merecedor de toda honra, glória e exaltação; Ele trabalha. Rege o universo. Ouve cada oração, e, nenhuma folha consegue caí sem ser vista por Ele. Ele tem o controle total de todas as coisas e no seu controle e justiça, gosta de premiar o esforço. Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa(II Cr 15.7) Olha só! Deus quer que nos esforcemos que façamos a nossa parte. Não somos como frangos de granja, tendo ração a vontade para comermos noite e dia. O nosso alimento tem que ser adquirido com esforço. Se quisermos recompensa da parte de Deus, temos que pelo menos nos esforçar. A Palavra de Deus chega a ser dura com quem não quer trabalhar. “...que se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (II Ts 3.10) Tente encontrar prazer em seu trabalho Não importa qual é a sua ocupação, o que importa é se aquilo em que te ocupas te dá prazer. Se aquilo que você faz é feito com alegria. Um médico me confidenciou: “Se hoje tivesse a oportunidade de começar de novo, não gostaria de ser médico. Não temos vida social e sossegada, pois temos que monitorar pacientes dias e noite”. Sabe, existem médicos, pastores, engenheiros e tantos outros profissionais infelizes em suas profissões. Mas, existem aqueles que trabalham por prazer. Quando fazemos o nosso trabalho com prazer, não precisamos de supervisor, pois nos tornamos supervisores de nós mesmo. A excelência do que fazemos vem mediante o amor que temos. Outro sim, é que acima de tudo e de todos, temos um Deus com quem devemos prestar contas de todos os nossos atos. Suas atitudes dentro da empresa para com os companheiros de trabalho e a forma como lida com aquilo que não é seu, conta pontos diante do Senhor que tudo ver. Deus sabe quantas vezes você faz mais do que quilo que é sua responsabilidade e vai além do esperado mesmo que o patrão não o veja. A honestidade dos seus atos. A hombridade das suas amizades. A fidelidade com os seus superiores e o caráter das suas ações são oferecidas ao Senhor. Lembre-se disso. E tudo quanto fazerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens (Cl 3.23) O Trabalho recompensa o trabalhador Ninguém que trabalha, fica sem recompensa, sem os louros da conquista do esforço. Os louros do trabalho podem ser: uma boa casa pra morar, um bom carro pra andar, a formação de um filho, boas roupas para vestir, um bom plano de saúde e uma infinidade de coisas. É através do trabalho que: Granjeamos o pão do nosso cotidiano. Desenvolvemos nossas habilidades. Atingimos nossos alvos financeiros. Nos tornamos úteis para a sociedade, nossa família e desbravamos o nosso mundo. Ainda que o trabalho que você está desenvolvendo não o recompense como você acredita que deveria ser recompensado, ainda assim o trabalho o faz sentir-se bem, pois o faz sentir-se útil e capaz.“Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem”. (Sl 128.2) É evidente que quando me torno útil, me sinto mais feliz. Faz bem ao homem saber do que é capaz de realizar e ver algo criado por ele. Até Jesus teve satisfação ao ver o resultado do trabalho da sua alma. “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”. (Is 53.11) O trabalho pode ser penoso, mas gera satisfação no trabalhador quando o ver concluído. Por isso, levante-se! Comece a agir! Esforce-se! De alguma forma, o seu trabalho o recompensará. O trabalho afugenta a natureza parasita Parasitas são seres que vivem sugando outros seres. Não têm vida própria, sozinhos não conseguem viver. São dependentes totalmente do corpo que lhes abrigam que se o perderem morrem. A humanidade está cheia de parasitas que só a suga. Multidões querendo ser sustentadas pelo governo. Filhos que apesar da maior idade, não conseguem sobreviver sem ajuda dos pais. Estudantes formando-se nas costas de amigos de sala de aula. Sugando respostas, trabalhos prontos, colas de testes. Uns poucos sustentam multidões de parasitas que infestam as escolas, as igrejas, as empresas, a política e, tornam-se um peso no ambiente em que vivem. O que você pretende ser? Um parasita ou um vencedor? Deixe o parasitismo e torne-se um vencedor. Crie em sua mente a visão do conquistador e não do parasita. Parasitas querem ser sustentados, levados, bajulados e mimados. Sempre falam: “Ninguém faz nada por mim, ninguém me dá nada”. Acham que tudo que se faz por eles, ainda é pouco, pois em suas cabeças, eles devem ser cuidados, paparicados, protegidos. Olham para as pessoas, só procurando em quer sugá-las, o que obterão delas, pois sempre se acham coitadinhas e necessitadas de ajuda. A preguiça é amiga intima dos parasitas. “A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome”.(Pv 19.15) Vencedores querem conquistar, criar, mostrar o seu valor. Que tipo de mente você possui a do vencedor ou a do parasita? Não espere que as suas conquistas batam a sua porta. Vá atrás do alvo, lute por seu espaço, seja criativo, seja desbravador, tenha coragem de percorrer por um caminho desconhecido e mantenha a convicção mesmo com os tombos inevitáveis da jornada rumo ao sucesso. Você pode tornar-se um vencedor. E ao invés de ser sustentado, sustentar a muitos. E ao invés de admirar o vencedor, ser o vencedor admirado.

domingo, 29 de março de 2015

O VERDADEIRO SENTIDO DO JEJUM

De início, quero que fique bem claro uma coisa: Jejum, não pode ser mercadoria de barganha para com Deus. Isto é: “Olha, Senhor, estou jejuando para receber isso e isso de ti”. Você não pode, antes de jejuar, já ir mostrando uma lista de pedidos para Deus, como se Ele fosse obrigado a atendê-lo pelo sacrifício que você ainda nem começou. Jejum não é um protesto. Jejum não é uma greve de fome. Jejum não é um programa de manipulação de Deus para que Ele atenda todos os nossos desejos sem avaliar as vantagens e desvantagens do nosso pedido. O verdadeiro sentido do jejum está em caráter de submissão a tudo aquilo que Deus deseja realizar em nós, por meio de nós e à nossa volta. O verdadeiro jejum flui espontaneamente, tendo como principal objetivo um relacionamento de amor e confiança em Deus. É esse o jejum que abre possibilidades além do que possamos imaginar. Algumas vezes, não levo, de propósito, o carro ao lavador, e faço isso para o Samuel e o Eliab o lavarem. Eles, então, pegam a vasilha com sabão, colocam a mangueira na torneira e começam a lavar. Eles fazem isso com tanto carinho que, depois de terem lavado o carro, me sinto na obrigação de dar-lhes alguns trocados. Mesmo sem terem pedido. Mas se antes de lavarem, eles já viessem com uma lista de pedidos, dizendo: “Pai, nós vamos lavar o carro, mas o senhor deve nos dar tanto em dinheiro”. Provavelmente, eles não receberiam nada. Você compreende? Penso que assim é Deus. Não podemos nos aproximar dele apenas com o interesse de recebermos bênçãos, e sim para desfrutarmos da sua presença, porque o amamos. Você não pode mostrar uma lista de pedidos para Deus antes de fazer o jejum. “Senhor, estou iniciando este jejum para que tu me abras uma porta!” Jamais! Não pense que isso o fará apto para receber de Deus alguma coisa, pois isso é desvirtuar o propósito do jejum. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus. (Sl 51:17) Quando jejuamos, o fazemos para obter mais comunhão com Deus. Jejuamos para a edificação da nossa fé. Para sacrificar a nossa velha natureza pecaminosa. E quando isso acontece, então podemos colocar diante de Deus as nossas necessidades, porque buscamos primeiro o reino de Deus, as demais coisas Ele acrescentará (Mt 6:33). Pastoreei uma igreja, que tinha algumas árvores entre o templo e a casa pastoral, e caiam muitas folhas ali. O Samuel e o Eliab, ainda eram garotos pequenos, todavia pegavam vassouras e varriam, com dificuldade, o pátio. Quando terminavam, vinham suados e sorrindo me pedir alguns trocados. Era difícil dizer não, porque primeiro fizeram o que nem esperava deles. Você entende? Temos de levar em consideração uma coisa: não entraremos no céu para recebermos uma nova casa. Entraremos no céu para recebermos uma casa que está sendo construída agora, através da nossa comunhão com Deus (II Co 5:1-2). Isto significa que cada circunstância da nossa vida tem uma razão. Deus está construindo a nossa casa espiritual, nosso lugar de habitação. O caráter espiritual não é feito no céu, e sim, aqui na terra. Billy Graham, em seu livro, Meditações Diárias, conta a história de um homem que perdeu seu emprego, a fortuna, a esposa e seu lar. Não obstante, ele manteve a fé, a única coisa que lhe restou. Um dia, ele parou para olhar alguns homens que trabalhavam com pedras numa grande igreja. Um deles estava entalhando uma pedra triangular. - O que você está fazendo com isso? – perguntou o homem. - Você está vendo aquela pequena abertura lá em cima perto do pináculo? Pois bem, estou talhando este pedaço aqui embaixo para que caiba lá em cima. – foi a resposta. As lágrimas encheram os olhos daquele homem enquanto ele ia embora, porque parecia que Deus havia falado através do trabalhador para explicar a razão da provação que passava: “Estou formando você aqui embaixo para que caiba lá em cima”. Aleluia! Ora, irmão! Não podemos permanecer para sempre neste tabernáculo terrestre, que é o nosso corpo, da forma que está. Ele é muito frágil e se deteriorará com o tempo e cairá, pois está continuamente sujeito a ser atingido por inúmeros percalços. O “eu” humano impede a santificação, o “eu” que é arrogância, orgulho e prepotência, em muitas vidas, é que está no trono. Enquanto o “eu” humano for mais forte que a humildade, está no trono e Cristo na cruz. Porém, o “eu” precisa ser crucificado, o “eu” deve ir para a cruz, para Cristo assumir o trono da nossa vida. É bem certo que o “eu” fará de tudo para não ceder e, muito menos, morrer. Ele lutará até o fim. Quando se pensa que está morto, de repente, ele aparece vivo e forte. Basta que apareça alguém que pise no seu pé. Que lhe aponte o dedo. Que discorde do seu ponto de vista e ofenda aquilo que mais ama. Então, ele aparece forte, impetuoso e mais vivo do que nunca, pronto para o confronto. Nestes momentos, o caminho para a decida do “eu” do trono é mais difícil ainda. Mas, ele precisa descer do trono da nossa vida e morrer. A morte do “eu” se dá no dia-a-dia. Quando calamos, ainda que tenhamos razão. Quando aceitamos a vontade de Deus sem questionar. Quando não nos curvamos ante os desejos da carne. O “eu” representa a carne e suas obras. O jejum é o enfraquecimento da carne, aliada mais forte do “eu”. Eu vos declaro que cada dia morro gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus nosso Senhor. (I Co 15:31) Há uma grande luta da carne contra o espírito. O alimento do espírito é a comunhão com Deus. Quanto mais forte for a carne, mais as suas obras sufocarão a ação do espírito. O jejum sacrifica a carne, tirando-lhe a força, porém o espírito que não se alimenta de comida, mas das coisas de Deus, acha alimento no jejum. Porque, quanto mais fraca ficar a carne, mais forte se tornará o espírito, e é nesta hora de comunhão com Deus e fraqueza da carne, que devemos suplicar por ajuda e expor as nossas necessidades.

SALVAÇÃO PARA AS FAMÍLIAS

Em uma época remota, Caim foi uma espécie de líder da degradação do homem, época que revelava a rebelião e a bestialidade deste ser que, sem o controle de Deus sobre a sua vida, torna-se um animal irracional. Esta tendência desenfreada atingiu seu ápice nos tempos de Noé. Aquela era realmente uma época terrível, porém, com particularidades similares aos nossos dias, uma época em que o desrespeito às leis tinha se tornado comum, e a violência era até vista com bons olhos. A preocupação maior dos homens era comer, e a glutonaria era um pecado quase que generalizado. A satisfação do apetite sexual era bestial e as diversões em festas faziam daquela geração um antro de pecados. Houve também apostasia da fé verdadeira. No versículo 11 da pequena epístola de Judas se fala daqueles que seguiram pelo caminho de Caim. Caim viveu em delitos. Foi uma espécie de líder da violência e desrespeito às leis que conduziram ao dilúvio nos dias de Noé. É verdade que Caim cria em Deus tanto quanto Abel, seu irmão. Ele acreditava em Deus, não era ateu. Era religioso. E, da mesma forma, o povo do tempo de Noé era religioso, mas tinha um conceito errôneo de religião. Eles, assim como Caim, julgavam que podiam ignorar o plano divino da salvação e substituí-lo por uma religião de boas obras, cultural e justiça humana, que acabou por se tornar nada mais que humanismo. E nós temos atualmente uma espécie de humanismo cristão que deixa de fora o evangelho. Deixa de fora o fato de o homem precisar de uma comunhão pessoal com Jesus Cristo. Sabe, quando Deus criou o homem, deu-lhe uma dádiva que não deu às suas outras criaturas. Deu-lhe a liberdade de escolha. O homem apossou-se dessa liberdade, e ela se tornou licenciosidade. Ele seguiu seu próprio caminho, começou a viver sua própria vida, rebelando-se contra Deus. A coisa se tornou tão má, tão decadente e tão violenta, que Deus resolveu destruir a raça humana e começar tudo de novo. Destruirei de sobre a face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; pois me arrependo de os haver feito. (Gn 6:7) No meio daquela geração corrompida, onde a maldade se multiplicava e todo pensamento do homem era mau continuamente, e justiça parecia algo inimaginável, um homem se destacava dos demais, pois andava com Deus. O nome dele era Noé (Gn 6:9). O EXEMPLO DE NOÉAA Noé creu em Deus no meio daquela geração corrompida e perversa. Ele teve a coragem de ser um homem de convicções inabaláveis quando todos os demais eram levados pelo vento da desobediência. Ele ousou ficar firme ainda que sozinho. Trabalhou num projeto, ridicularizado pelo povo. Ele servia e andava firmemente com Jeová-Mikadeskim (em hebraico, o Senhor que vos santifica). É por esta razão que Deus traçou um projeto de salvação para a sua família. Mas contigo estabelecerei a minha aliança, e entrarás na arca e contigo os teus filhos, a tua mulher e as mulheres de teus filhos. (Gn 6:18) A verdade é que Deus se importa com as famílias e tem um carinho especial com elas porque Ele é o criador da mesma. Ora, irmão, o maior interessado com o sucesso de um projeto é o próprio criador dele. Lembre-se, a família é um projeto de Deus. Foi por esta razão que providenciou uma arca, que seria o escape da família de Noé. Certo dia, levei a família para tomar banho em um rio. Escolhemos um lugar não muito fundo onde havia grandes pedras, nas quais nos agarrávamos atendendo à cautela de Eliene. O Samuel sempre foi muito desconfiado com água, o Eliab sempre muito afoito. Logo que chegamos ao rio, entrei primeiro para conhecer o local. Quando me certifiquei de que estava seguro, chamei o Samuel que balançava negativamente a cabeça, enquanto eu insistia. Olhei para o Eliab e, na primeira vez que o chamei, ele deu um salto e lá estava dentro da água. Olhe só a diferença destes dois filhos. Um relutou, o outro atendeu na hora, sem questionar. Assim fez o velho Noé. Deus disse: “Noé, quero que você construa uma embarcação e quero que a apronte o mais rápido possível”. Noé creu em Deus. Ele não discutiu e disse: “Senhor, não há nenhuma evidência científica de que algum dilúvio esteja para vir.” Sabe, irmão, ele não viu Willian Bonney anunciando no Jornal Nacional e nem viu um relatório do Instituto Nacional de Pesquisa anunciar um certo dilúvio. A Bíblia diz: Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, e sendo temente a Deus, preparou uma arca para salvação da sua casa... (Hb 11:7) Noé começou a construção. Todos riam e zombavam dele, diziam que estava louco. Todavia, pagava bons salários, então sempre tinha empregados na construção da arca. Deus poderia ter executado o juízo antes, entretanto, não o fez. Deus tinha um segredo, e o segredo tinha a ver com Matusalém, pois o seu nome vem de muth, uma raiz que significa “morte”, e de shalach, significando trazer, ou trazer em seguida. O nome Matusalém significa, “sua morte trará” ou quando ele morrer isto será enviado. Isto é, enquanto Matusalém vivesse, Deus conservaria a raça humana sobre a terra. No dia em que Matusalém morreu. Deus chamou Noé e anunciou o dilúvio. Deus usou Matusalém como símbolo do seu amor, sua graça, sua misericórdia e sua longanimidade, esperando que a humanidade se arrependesse dos seus pecados e se voltasse para ele. Sabe, Matusalém simplesmente continuou vivendo, foi o homem que mais viveu na terra, novecentos e sessenta e nove anos. Foi um exemplo de que Deus é misericordioso, não desejando que ninguém se perca. Quando Matusalém morreu, Deus anunciou o dilúvio. O tempo havia acabado. Sabe por que acabou o tempo da misericórdia de Deus para eles? Porque aquela geração tinha relegado os laços de família a um plano quase inexistente. Fidelidade era uma palavra que estava fora do vocabulário deles. Somente a família de Noé mantinha-se unida e temente a Deus no meio do caos daquela geração. Por isso quando veio o dilúvio, eles estavam abrigados na arca do Senhor (Gn 7:13-23).

DANDO A VOLTA POR CIMA

O início da estória de Jefté não foi aquilo que podemos chamar de “Mar de Rosas”, pelo contrário foi terrível, vergonhoso e traumático. Ser filho bastardo numa sociedade como aquela era, no mínimo, sinal de vergonha e miséria, tendo em vista que o filho bastardo não podia herdar bens materiais do seu pai. Jefté era filho de uma prostituta com Gileade. Era, portanto, uma pessoa nascida de um relacionamento adúltero (Jz 11:1). Por mais que se esforçasse para agradar os seus irmãos legítimos e sua madrasta, não conseguia. A sua família o rejeitou pelo fato de ser fruto de um relacionamento adúltero, e deixaram bem claro que ele não teria parte na herança do seu pai, Gileade. Eles o perseguiam constantemente e o desprezavam. Havia grande rejeição dentro do lar. Os seus irmãos o odiavam e a pressão foi tão grande, que Jefté não suportando mais tanta humilhação, fugiu de casa (Jz 11:2,3). Infelizmente, este é o retrato do resultado do pecado. Confusão, deserção, intrigas e separação. Jefté conhecia na pele o que era ser fruto do pecado de seu pai. O pecado destrói o relacionamento. O pecado lança o homem fora da família de Deus. O pecado deixa o homem sem lar e sem herança. O pecado separa o homem dos direitos espirituais que tem com Deus. O pecado faz o homem fugitivo e sem perspectiva no futuro. Humanamente olhando, Jefté era um caso perdido. Jefté foi morar na terra de Tobe, e se tornou líder de um bando de desocupados e deles fez um exército. Logo, sua fama chegou lá em Israel, na terra onde morava seu velho pai e seus irmãos. Todos sabiam que Jefté tinha um exército. É isso que Deus faz na vida de muitos, quando esperam receber notícias ruins. Deus transforma tudo e então a notícia que corre é: “Ele está prosperando”. Deus é especialista em fazer isso. Os anos se passaram, e agora Israel estava em aflição. Os filhos de Amom se tornaram poderosos e oprimia os israelitas. Não tinham forças e nem exército para lutar contra eles. Lembraram-se de Jefté, pois era o único com um exército capaz de lutar contra Amom. Alguns dias mais tarde, quando os filhos de Amom pelejaram contra Israel, foram os anciãos de Gileade buscar a Jefté na terra de Tobe. (Jz 11:4,5) Agora, era a hora e a vez de Jefté. Ele estava no controle da situação, e então lembra o passado não muito distante, quando foi praticamente expulso de casa com o apoio do povo do local. Depois de algumas deliberações, Jefté fez a seguinte proposta: Se me tornardes a levar para combater contra os filhos de Amom, e o Senhor os der a mim, então eu serei o vosso chefe. (Jz 11:9) Proposta feita, proposta aceita imediatamente. Jefté tinha um alvo. O de ser, não apenas alguém na vida, mas um grande líder, e o seu plano começava a dar certo. Como mudou a história de Jefté, de bastardo renegado para líder aclamado. Jefté, outrora desprezado, agora marcha na frente de um exército que ele mesmo havia formado. Antes, porém, colocou o seu projeto diante do Senhor (Jz 11:11). Isso é uma amostra de que não obstante tudo o que passou na sua vida, Jefté continuava temente ao Senhor. Este é um dos segredos dos que vencem, não importa o que acontece, não se afastam de Deus e na hora certa são lembrados. O Espírito do Senhor veio sobre Jefté, e então foi à guerra contra os amonitas e, é claro, a vitória foi arrasadora (Jz 11:29). Passado o tumulto da guerra, Jefté volta para Israel e é recebido como herói e líder do povo. Quero dizer-lhe uma coisa: Quando Deus olha para você, Ele não se importa com a sua aparência, não se importa com a sua história pregressa passada. Existe esperança em Deus para você, como houve para Jefté. Muitos olham para você procurando apenas os erros para apontar o dedo e mostrar os seus defeitos. Mas Deus quando o olha, vê o seu potencial e sabe a área certa em que pode ser útil para ele. Vejamos o exemplo da vida de Jefté: Ele foi levado de uma situação sem esperança, transportado da rejeição e do desespero, para uma posição de liderança e herói da fé (Hb 11:32-34). O que aconteceu? Como aconteceu? O que fez de Jefté um herói da fé? Você acha que ele teve sorte? Sabe, irmão, não existe essa de sorte, aquela que cai do céu nos dando tudo de graça, sem esforço e sem lutas. Não, não existe isso. Sorte é a junção de capacidade com oportunidade. Quando a oportunidade chega, os capacitados são os chamados. Você entendeu? Foi exatamente isso que aconteceu com Jefté. Ele se preparou, fez um exército. Isto é, ele se capacitou e quando a oportunidade surgiu, aproveitou-a. Ora, se ele tivesse se tornado apenas um vagabundo de rua, jamais teria sido lembrado e nunca teria se tornado líder de Israel. Infelizmente, alguns esperam somente no Senhor. Não procuram aprender uma profissão, não estudam nem se capacitam. Quando a oportunidade chega, perdem a bênção, pois a oportunidade procura pessoas preparadas. A porta da liderança é aberta apenas diante de líderes, que apesar de ainda não terem liderado, estão prontos para o dia em que a porta se abrir. É muito interessante olharmos para o exemplo deste homem, que é chamado de valente e valoroso (Jz 11:1). Ele saiu de uma situação de penúria para uma situação de destaque, porque lutou para ser alguém na vida. A história de Jefté prova uma realidade: ninguém deve sentir-se preso às circunstâncias. Jefté poderia ter se tornado um delinquente imprestável e teria argumentos para embasar os seus erros. Porém, lutou contra uma situação degradante e superou todos os problemas. Jefté é um belo exemplo do que Deus pode fazer na vida de um lutador de fé. Glória Deus!