sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O LOUVOR NOS CONDUZ AO TRONO DE DEUS


Em toda a bíblia, encontramos incentivos para louvarmos ao Senhor. Desde o Antigo Testamento até o último capítulo do último livro, encontramos frases do tipo: “Louvai ao Senhor! Bendizei ao Senhor!
Faça os seus feitos conhecidos etc..
Quando vemos tudo isso, podemos até achar que temos um Deus carente, um Deus que precisa, a todo o momento, ouvir dos seus servos palavras de afeto, carinho e admiração.
Por que será que Deus, através da sua palavra, nos incentiva tanto ao louvor?
Será que Ele precisa ouvir, a todo o momento, que o amamos?
Será que temos um Deus carente?
Não! É certo que não.
Isso se dá, não pelo fato de termos um Deus carente, mas creio que simplesmente pelo fato de termos um Deus que sabe que no louvor encontramos alegria e força para vencermos as agruras da vida. Para o nosso próprio bem, devemos louvá-lo. Por isso há tanto incentivo na palavra para louvarmos o seu nome.
Devemos louvar a Deus, não porque Ele seja carente, mas porque nós somos carentes.
Devemos louvar a Deus, não porque Ele necessite, mas porque nós necessitamos.
Em um culto, a ministração da palavra é algo fundamental. É difícil imaginarmos um culto sem a palavra pregada. Todavia, quando pregamos, não pregamos para Deus.
Deus não tem absolutamente nada para aprender conosco. Ele não precisa se converter, não precisa ser admoestado, muito menos impressionado com o que pregamos. Não ministramos para Deus.
Ministramos para a igreja.
A igreja é que precisa ser ensinada, admoestada até ter a sua fé despertada com a palavra ministrada.
Mas o culto tem de ter algo indispensável, chamado louvor. E quando cantamos, não cantamos para a igreja e nem para nenhum ouvinte que ali foi.
Nenhum ser humano é digno de receber glória, louvor e muito menos adoração. Por isso, não cantamos para o homem.
Cantamos para Deus. Ele é o único digno de receber toda honra, glória e louvor.
Louvamos para agradecer-lhe pelas bênçãos.
Louvamos pela sua grandeza.
Louvamos pelo seu amor.
Pela sua presença e pela força que adquirimos quando nos dirigimos a Ele em louvor.
Quando louvamos a Deus, alimentamos nosso espírito e nutrimos nossa fé, e é por essa causa que o maior beneficiado com o nosso louvor, somos nós mesmos e não Deus, como pode alguém pensar.
Não sei se aquele louvor forçado por incentivo de um ministro num culto seja o mais agradável a Deus. Creio que o louvor, que mais agrada a Deus, é aquele que flui espontaneamente, sem pressão e sem ser um peso para o que louva.
O caminho para o trono de Deus talvez seja como as linhas de um bom musical. Os sinais musicais cobrem as linhas, como nossos passos e a situação emocional dita a tonalidade. Podemos sim nos achegar ao trono de Deus, através do louvor. “Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação!” (Sl 95.1)

O famoso adorador Asafe teve seu momento de crise emocional. Ele declara no salmo 73.2-3: “Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregasse meus passos. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.”
O que houve com Asafe para ter quase desfalecido sua fé?
Por que esse adorador teve inveja dos ímpios?
A resposta, encontramos logo à frente. Asafe tinha se afastado do santuário de Deus. Santuário é lugar de adoração e consequentemente, lugar de adorador. Quem foi chamado para louvar ao Senhor precisa exercer essa função e não pode se afastar do seu local de trabalho pelo risco ter sua atenção desviada. Asafe se redimiu, porém isso aconteceu quando ele voltou ao santuário. À entrada no santuário Deus lhe fez entender o que lhe parecia obscuro. "Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles". (Sl 73.17)

O louvor a Deus deve ser uma prioridade na nossa vida. Não um fardo, uma obrigação ou uma apresentação. O louvor é o maior privilégio que Deus outorgou aos humanos.
Nasci em um lar evangélico. Minha mãe, Regina Vieira, aprendeu desde cedo a louvar ao Senhor e todos os dias fazia o culto doméstico em nossa casa, e com ela aprendi que não há nada mais importante no cotidiano do cristão do que a adoração ao Senhor.
É no louvor que conquistamos o território do inimigo.
É o louvor que nos faz íntimos de Deus.
O louvor é a mais perfeita arma de combate espiritual.
Lúcifer era o maestro do coro celeste. Ele tinha livre acesso à “Sala do Trono de Deus”.
Ele é quem conduzia os anjos em harmonia e enchia a morada do Altíssimo de música. Todavia, ele perdeu sua função. Jogou fora a sua grande promoção. Ninguém nunca perdeu tanto como Lúcifer. Em matéria de perda, o recorde pertence a Lúcifer. Ele é o grande perdedor da história. Ninguém nunca perdeu tanto quanto ele.
Ele era provavelmente o quarto na hierarquia celestial, ficando abaixo apenas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Com o orgulho gerado dentro de si, querendo ser semelhante ao altíssimo, Lúcifer perdeu o seu lugar como adorador e regente do coro.
Agora, Deus criou um novo adorador e o colocou na posição que um dia foi dele. Lúcifer perdeu a sua posição para nós.
Nós somos os novos adoradores de Iaweh.
Quando o diabo nos vê entrando num templo para adorar a Deus, ele se enfurece, se ira e enche-se de inveja. Nós fomos colocados numa função que um dia foi dele. Por isso, cada vez que louvamos a Deus, nós humilhamos o diabo e o derrotamos com a arma que um dia foi manuseada por ele. Glória Deus!!!
Esse anjo Lúcifer andava sobre um tapete de pedras preciosas que pareciam fogo e o seu corpo era uma junção de luz e som (Ez 28.13-17). Ele era tão belo que a sua beleza o levou a se corromper.
Lúcifer nunca imaginou que Iaweh fosse capaz de criar um outro adorador, seres humanos frágeis e não tão belos quanto ele, mas amados e feitos o que um dia Lúcifer desejou ser: “a semelhança do Altíssimo!”
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26)
Como já escrevi em meu livro “Quando o Sol Declina”, Deus prefere ouvir mais a nós do que aos seus próprios anjos.
Ele deseja ouvi-lo cantar!

DEUS TEM UM CAMINHO TRAÇADO PARA NÓS


É incrível o fato de podermos criar uma conexão com Deus a cada problema que surge a partir do leito no hospital, do escritório, do veículo em movimento. Tudo isso pode ser um caminho que nos leva a Ele.
A vida é feita de altos e baixos e encontramos pedras pelo caminho.
O caminho que nos leva a Deus tem obstáculos.
Rios profundos de angústias.
Vales escuros de amargura.
Pequenos e grandes montes de aflição e até o calor das acusações, mas o bom de estarmos no caminho de Deus é que Ele caminha conosco, fazendo as aflições parecerem leves e momentâneas.
É espetacular o fato de o próprio Deus andar pelo caminho que leva a Ele mesmo. No entanto, é isso mesmo o que acontece.
Cada rio que precisamos atravessar, Ele atravessa junto.
Cada vale tenebroso que precisamos passar, Ele passa junto.
Cada monte que precisamos subir, Ele sobe junto. Enfim, no caminho de Deus também encontramos obstáculos, mas este caminho é perfeito, pois até os obstáculos que encontramos, estão ali para o nosso próprio bem. “O caminho de Deus é perfeito...” (II Sm 22.31).
Muitas vezes, Deus usa a dor para nos livrar de um futuro problema. Dias atrás, bati o joelho em um dos pés da nossa nova cama que estava coberta por um grande cobertor. Os pés dessa cama nova são salientes para os lados e o cobertor me impediu de vê-los.
Agora, sempre que me aproximo da cama, chego com cuidado, devagar para que não aconteça de bater ainda mais forte. Muitas vezes, Deus usa a dor para moldar nossas ações.
Você compreende isso?
Parece ser difícil crer que a dor seja um dos caminhos de Deus, mas através dela, muitos já mudaram a maneira de ser, abrandaram o coração, ficaram tolerantes com os outros e se tornaram humildes.
Se eu nunca tivesse ficado doente, jamais saberia o valor de ser curado.
Se eu nunca tivesse chorado, jamais saberia o valor de ser consolado.
Se eu nunca tivesse ficado fraco, jamais saberia o valor de ser fortalecido.
Se eu nunca tivesse recebido um não, jamais saberia o valor do sim.
Se eu tivesse herdado tudo, jamais saberia o quanto custa conseguir algo.
Tudo o que passamos na vida é a forma que moldará o nosso caráter e a nossa vida espiritual.
Quando passamos por tudo isso e prevalecemos, a nossa fé nos leva a proclamar: Deus realmente sabe o que faz!
Parece ser terrível crer que a morte seja um dos caminhos de Deus. Mas por causa do temor que ela gera, muitos procuraram a companhia de Jesus, renovaram a esperança no porvir e aguardaram o encontro na glória. A morte também serve para mostrar ao homem que por mais vitorioso que ele possa estar sendo na vida, esse inimigo não poderá ser vencido. Apenas Cristo venceu a morte e aqueles que querem vencê-la também precisam d’Ele.
Espero que você, leitor, nunca venha a sofrer com dores para abrandar o coração e nunca venha a perder alguém que ama para poder procurar Jesus. Todavia, se isso acontecer ou se já aconteceu, não perca Deus. Mas se o perdeu por alguma coisa que enfraqueceu sua fé, enchendo seu coração de descrença ou algum outro motivo, você ainda pode encontrá-lo. O fio de ligação com o Alto é a nossa fé e o desejo de tê-lo.
Não podemos, sob hipótese alguma, querer trazer Deus para andar pelo caminho que traçamos para nossa vida. Precisamos é fazer do caminho de Deus o nosso caminho.
Todas as igrejas por onde passei choraram na minha despedida e eu chorei em todas elas. Falei em várias das minhas despedidas: “Chorem, mas não me segurem, não me detenham, preciso continuar andando pelo caminho que o Senhor traçou para mim”.
Deus tem um caminho traçado para a minha vida e meu ministério e isso me alegra e me faz descansar, mesmo quando tenho de enfrentar duras provas.
Apesar das lutas e até escassez de pão, aprendi que sempre haverá um ribeiro enquanto o profeta estiver na caverna ao lado. Eu confio no Deus que sirvo e, por confiar, é que estou pronto a segui-lo onde quer que vá.
Pergunto a você: Como está a sua fé?
Ainda tem coragem para seguir o Mestre?
Ainda confia que Ele sabe o que faz?
Então, descanse como uma criança agasalhada pela mãe no cobertor e durma sob o fulgor da luz do abajur ao lado e creia: o Pai o olha e o protege enquanto durar a escuridão da noite. E enquanto precisar andar pelo caminho, Ele será a sua luz.