domingo, 29 de março de 2015

SALVAÇÃO PARA AS FAMÍLIAS

Em uma época remota, Caim foi uma espécie de líder da degradação do homem, época que revelava a rebelião e a bestialidade deste ser que, sem o controle de Deus sobre a sua vida, torna-se um animal irracional. Esta tendência desenfreada atingiu seu ápice nos tempos de Noé. Aquela era realmente uma época terrível, porém, com particularidades similares aos nossos dias, uma época em que o desrespeito às leis tinha se tornado comum, e a violência era até vista com bons olhos. A preocupação maior dos homens era comer, e a glutonaria era um pecado quase que generalizado. A satisfação do apetite sexual era bestial e as diversões em festas faziam daquela geração um antro de pecados. Houve também apostasia da fé verdadeira. No versículo 11 da pequena epístola de Judas se fala daqueles que seguiram pelo caminho de Caim. Caim viveu em delitos. Foi uma espécie de líder da violência e desrespeito às leis que conduziram ao dilúvio nos dias de Noé. É verdade que Caim cria em Deus tanto quanto Abel, seu irmão. Ele acreditava em Deus, não era ateu. Era religioso. E, da mesma forma, o povo do tempo de Noé era religioso, mas tinha um conceito errôneo de religião. Eles, assim como Caim, julgavam que podiam ignorar o plano divino da salvação e substituí-lo por uma religião de boas obras, cultural e justiça humana, que acabou por se tornar nada mais que humanismo. E nós temos atualmente uma espécie de humanismo cristão que deixa de fora o evangelho. Deixa de fora o fato de o homem precisar de uma comunhão pessoal com Jesus Cristo. Sabe, quando Deus criou o homem, deu-lhe uma dádiva que não deu às suas outras criaturas. Deu-lhe a liberdade de escolha. O homem apossou-se dessa liberdade, e ela se tornou licenciosidade. Ele seguiu seu próprio caminho, começou a viver sua própria vida, rebelando-se contra Deus. A coisa se tornou tão má, tão decadente e tão violenta, que Deus resolveu destruir a raça humana e começar tudo de novo. Destruirei de sobre a face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; pois me arrependo de os haver feito. (Gn 6:7) No meio daquela geração corrompida, onde a maldade se multiplicava e todo pensamento do homem era mau continuamente, e justiça parecia algo inimaginável, um homem se destacava dos demais, pois andava com Deus. O nome dele era Noé (Gn 6:9). O EXEMPLO DE NOÉAA Noé creu em Deus no meio daquela geração corrompida e perversa. Ele teve a coragem de ser um homem de convicções inabaláveis quando todos os demais eram levados pelo vento da desobediência. Ele ousou ficar firme ainda que sozinho. Trabalhou num projeto, ridicularizado pelo povo. Ele servia e andava firmemente com Jeová-Mikadeskim (em hebraico, o Senhor que vos santifica). É por esta razão que Deus traçou um projeto de salvação para a sua família. Mas contigo estabelecerei a minha aliança, e entrarás na arca e contigo os teus filhos, a tua mulher e as mulheres de teus filhos. (Gn 6:18) A verdade é que Deus se importa com as famílias e tem um carinho especial com elas porque Ele é o criador da mesma. Ora, irmão, o maior interessado com o sucesso de um projeto é o próprio criador dele. Lembre-se, a família é um projeto de Deus. Foi por esta razão que providenciou uma arca, que seria o escape da família de Noé. Certo dia, levei a família para tomar banho em um rio. Escolhemos um lugar não muito fundo onde havia grandes pedras, nas quais nos agarrávamos atendendo à cautela de Eliene. O Samuel sempre foi muito desconfiado com água, o Eliab sempre muito afoito. Logo que chegamos ao rio, entrei primeiro para conhecer o local. Quando me certifiquei de que estava seguro, chamei o Samuel que balançava negativamente a cabeça, enquanto eu insistia. Olhei para o Eliab e, na primeira vez que o chamei, ele deu um salto e lá estava dentro da água. Olhe só a diferença destes dois filhos. Um relutou, o outro atendeu na hora, sem questionar. Assim fez o velho Noé. Deus disse: “Noé, quero que você construa uma embarcação e quero que a apronte o mais rápido possível”. Noé creu em Deus. Ele não discutiu e disse: “Senhor, não há nenhuma evidência científica de que algum dilúvio esteja para vir.” Sabe, irmão, ele não viu Willian Bonney anunciando no Jornal Nacional e nem viu um relatório do Instituto Nacional de Pesquisa anunciar um certo dilúvio. A Bíblia diz: Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, e sendo temente a Deus, preparou uma arca para salvação da sua casa... (Hb 11:7) Noé começou a construção. Todos riam e zombavam dele, diziam que estava louco. Todavia, pagava bons salários, então sempre tinha empregados na construção da arca. Deus poderia ter executado o juízo antes, entretanto, não o fez. Deus tinha um segredo, e o segredo tinha a ver com Matusalém, pois o seu nome vem de muth, uma raiz que significa “morte”, e de shalach, significando trazer, ou trazer em seguida. O nome Matusalém significa, “sua morte trará” ou quando ele morrer isto será enviado. Isto é, enquanto Matusalém vivesse, Deus conservaria a raça humana sobre a terra. No dia em que Matusalém morreu. Deus chamou Noé e anunciou o dilúvio. Deus usou Matusalém como símbolo do seu amor, sua graça, sua misericórdia e sua longanimidade, esperando que a humanidade se arrependesse dos seus pecados e se voltasse para ele. Sabe, Matusalém simplesmente continuou vivendo, foi o homem que mais viveu na terra, novecentos e sessenta e nove anos. Foi um exemplo de que Deus é misericordioso, não desejando que ninguém se perca. Quando Matusalém morreu, Deus anunciou o dilúvio. O tempo havia acabado. Sabe por que acabou o tempo da misericórdia de Deus para eles? Porque aquela geração tinha relegado os laços de família a um plano quase inexistente. Fidelidade era uma palavra que estava fora do vocabulário deles. Somente a família de Noé mantinha-se unida e temente a Deus no meio do caos daquela geração. Por isso quando veio o dilúvio, eles estavam abrigados na arca do Senhor (Gn 7:13-23).

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